O Tantra, falando de forma bastante simples, é um conhecimento que surgiu na Índia há cerca de 5.000 anos (isso numa estimativa modesta), embora sua sistematização tenha ocorrido apenas a partir do séc. V de nossa era. É uma filosofia não-dual, que preconiza que em última instância há apenas a Unidade.
O objetivo da prática tântrica é fazer com que o indivíduo possa perceber que ele já é e sempre foi essa unidade. A tal felicidade que tanto buscamos já está aqui e aqui sempre esteve. Não há o que buscar, apenas há que reconhecer que você já é essa felicidade que tanto busca.
Ou seja, quando conseguimos nos integrar atingimos essa percepção. Aí é que o caminho tântrico se desdobra em duas formas diferentes, o dakshina marga e o vama marga, a via da mão direita e a via da mão esquerda, respectivamente. Embora ambos os caminhos tenham a mesma filosofia de base, diferem na maneira como seguem esse caminho, ou seja, na sua prática. No Dakshina Tantra entende-se que, tanto o homem como a mulher possuem ambos os princípios masculino (Shiva) e feminino (Shakti) e preconizam uma série de práticas que buscam integrar ambos em cada ser, individualmente. Então, nesse caso, só há uma maneira de integrá-las: unindo através do ato sexual ritualizado, chamado de maithuna.
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