domingo, 20 de outubro de 2013

Sexualidade energética




A sexualidade pode ser vista como uma forma de comunicação íntima entre duas pessoas de sexos opostos ou do mesmo sexo.

Ao logo da história têm sido várias as civilizações  que se têm dedicado ao culto  e 
desenvolvimento desta arte explorando os seus lados mais energéticos e subtil: 
Chineses, Indianos Tibetanos e Egípcios.

Estes povos cedo perceberam o enorme potencial energético da energia sexual e o 
poder  a ela associado, daí que, na maioria dos casos o  seu ensinamento  fosse 
restrito às cortes e alguns mosteiros.

A sexualidade na sua vertente mais energética é vista como uma eterna fonte de 
prazer e juventude e não como uma mera forma de alívio de tensão acumulada.
V
ivida desta forma, a sexualidade liberta o praticante de tabus e dependências, torna-o 
mais consciente do seu corpo, de si próprio, contribui para a sua auto-estima e promove 
o respeito por si próprio e pelo outro.

As praticas sexuais trazidas da Asia e Norte de Africa são conhecidas como 
Yoga Sexual e Tantra. Embora com Origens diferentes, elas têm em comum o fato 
de darem ao praticante a possibilidade de se desenvolver nestas artes sozinho, 
também apelidado de “caminho da direita” pelos Taoistas ou em parceria com o companheiro. 

As práticas  são baseadas na respiração, contrações musculares e ou posturas físicas, 
como é o caso dos Asanas do yoga. Em conjunto, elas têm como objetivo o aumento 
e libertação da energia sexual a que os Taoistas chamam Jing e os Tantricos Kundalini. 
Esta energia serve depois para circular pelo  corpo e ser trocada com o parceiro, caso exista.  
Esta prática tem enorme potencial sanador e contribuir para o rejuvenescimento e revitalização 
do corpo e espírito.


A sexualidade energética envolve todos os sentidos:

O tato - através da utilização da massagem e carícias, o praticante desvenda o seu corpo 
e  do seu amante, descobre áreas de maior sensibilidade, ganha tempo e faz perdurar o 
prazer. No casal, a massagem ajuda e estreitar o elo existente entre os dois.

O olfato - Podemos ser atraídos visualmente pelo outro, mas segundo estudos feitos na 
Universidade de Oxford, é o odor que inconscientemente determina  a continuidade da ligação .

O odor natural do corpo pode ser  realçado pelo uso de determinado tipo de perfume, com o 

objetivo de atrair ainda mais o companheiro.

Na mulher , o odor varia de acordo com a fase do mês e quantidade de hormonios existentes 

no corpo. Certo tipo de medicamentos, como por exemplo a pilula contraceptiva, pode 
alterar o odor natural da mulher.

No homem o odor também varia de acordo com a quantidade de hormonios e alimentação.
Quando duas pessoas se tornam num casal, existe um determinado odor que caracteriza o 
casal e cada um dos intervenientes. Quando cada um muda de parceiro o odor individual 
é alterado.

A audição - Pode ser responsável pelo aumento ou decréscimo da excitabilidade numa 
relação intima, através dos sons ou palavras emitidas pelo parceiro.

O sabor - Representado pela partilha de saliva e fluidos, pode revelar muito sobre o 
parceiro, o seu estado de saúde e muitas vezes a compatibilidade entre os dois.

 A visão - A atenta observação dos olhos do parceiro durante o ato faz criar um elo maior
 na relação e faz transparecer as fases de excitação e prazer por que cada um vai passando.

Estas práticas têm em comum a não ejaculação  por parte do  homem como ponto
 principal para o aumento do prazer de ambos.

O mestre taoista Mantak Chia no seu livro ‘Taoist Secrets of Love’ ensina como não 
ejacular através dos exercícios chamados ‘power lock’.

É sabido que  o homem  perde energia durante  a ejaculação, encurtando o tempo de 
duração do ato e depauperando  a energia geral do organismo. No caso da mulher, 
esta perde energia durante o período menstrual, gravidez e partos. O taoismo ensina a 
" Domar o dragão vermelho" ou seja, controlar o fluxo  menstrual excessivo através de 
exercícios como “Respiração Ovárica” .

Em relação às gravidezes, estas devem ser espaçados, e a mulher deve recuperar durante 
um mês após o parto.

A prática destas técnicas deve, no entanto, ser aprendida ou seguida de perto por 
um professor experiente.

A sexualidade energética é mais complexa, profunda  e rica que as práticas correntes, 
pois põe á prova mais facetas de nós próprios. Torna-nos mais presentes e conscientes, 
ajuda-nos a compreender, a respeitarmo-nos a nós e ao outro, retira-nos as máscaras, 
expõe-nos perante o outro. Permite que duas pessoas se liguem física, mental e 
energeticamente, fazendo com que os dois se transformem num só sem perderem a 
sua identidade individual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário