quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Maithuna



A Vida É ritmo! Ora, na união profana no estilo "ocidental" é o ativo quem controla as operações e, especialmente, os movimentos do coito. Sem se dar conta, tanto que ele acha que é assim que tem que ser, o ativo impõe seu ritmo ao passivo e, com frequência, ele mexe contra o ritmo dele. Um pouco como se ele impusesse um tango, quando ele ouviria e desejaria uma valsa ! Claro que, no baile, é o Cavaleiro que segue o ritmo da orquestra, e por isso os movimentos se combinam.

O Maithuna deveria ser uma dança. Esse ritmo varia não apenas de uma pessoa para outra, mas de um dia para outro, de um instante para outro. Então, o que o homem deve "fazer"? Ai é que está; devemos saber e aceitar que não há nada a "fazer", mas a "deixar que se faça". Com um parceiro experiente, isso será muito fácil: basta esperar que ele tome a iniciativa dos movimentos e segui-lo. Em contrapartida, se ele foi condicionada a se submeter passivamente ao ritmo do ativo, será um pouco mais delicado. 

Ele Deverá estar muito Atento e totalmente receptivo a experiência do parceiro, observar o ritmo respiratório, evitando mexer voluntariamente. Se nada acontecer, basta em geral esperar que, com a ajuda da emoção erótica, ligeiros movimentos espontâneos se desencadeiam e, então, desposa-los ! Deve desposar harmoniosamente o ritmo do parceiro, seja ele lento ou rápido, amplo ou superficial.

O ativo nada tem a perder abandonando sua posição dominante, muito pelo contrário! Em vez de um parceiro "saco de farinha", ele encontrará um parceiro pleno e vivo, um verdadeiro  tântrico.

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