A genitalização excessiva limita a experiência de prazer masculino. O homem não é estimulado - na verdade é reprimido - a descobrir seu corpo para além do pênis. Tudo que diz respeito a toque, carinho, estimulação suave e sensível é tido como sendo parte do universo feminino e está vetado ao homem. Isso faz com que ele crie uma relação de dependência com o seu pênis. Isso porque ele se torna a única fonte de conexão física com o prazer, de conexão emocional com o outro (ainda que em nível inconsciente).
O orgasmo masculino está totalmente restrito e limitado ao pênis. Por isso o sentimento de poder pessoal do homem está tão concentrado nessa região. Por isso negar o pênis masculino é recebido pela maioria dos homens como a negação do seu valor. Sua identidade está acoplada à única parte do seu corpo que até então lhe permitiu vivenciar a vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, um poder avassalador que o prazer carrega. Rejeitar o pênis reedita a experiência primária da rejeição materna associada à opção da mãe pelo pênis do pai.
O orgasmo pode ser uma experiência de corpo inteiro, conectando o pênis ao restante do corpo e dando ao homem a chance de descobrir que seu valor está muito além disso e que há um universo de prazer muito maior do que o que se limita ao que existe entre suas pernas. A experiência de cura do homem que consegue conectar o pênis ao coração representa um salto evolutivo para a humanidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário