terça-feira, 29 de setembro de 2015

MASSAGEM SEXUAL: PRAZER OU TERAPIA?



Pelo fato da zona genital e anal serem tabus, é natural haver uma 'fixação' e uma carência nestas partes do nosso corpo e na zona pélvica em geral. No entanto, muitas, mas não todas, das massagens 'normais' evitam em grande parte um contato com a zona pélvica inteira, reforçando subtilmente uma fragmentação da nossa auto-imagem.

Esta situação perpetua-se por várias razões: vergonha, o medo de nos expor, a falta de questionamento dos tabus da nossa sociedade, o receio pela parte do terapeuta de ser incapaz de manter uma atitude profissional perante a nudez e a possível excitação sexual, a associação entre contato com a zona pélvica e o 'ato sexual' em si, a incapacidade pela parte do cliente e terapeuta lidarem com a natureza e intensidade da energia sexual quando esta está 'desperta', e o fato da nossa psique estar tão profundamente ferida e dividida entre nosso lado social-'civilizado' e o nosso lado sexual.

Além de tudo isso, a situação perdura porque nem sequer se costuma reconhecer que estamos todos a sofrer - temos uma pandemia que aceitamos tacitamente.



A utilidade da Massagem  Sexual  para Casais 

A reintegração da zona pélvica e o restauro da 'Potência Orgástica'.
Em nome de 'reservar o nosso lado íntimo' para nós próprios, ou para partilha exclusiva com nosso parceiro íntimo, costuma-se manter a zona pélvica (virilha, genitais, nádegas, ânus e períneo) quase inteiramente 'fechada'. Em geral esta atitude é considerada normal e saudável. No entanto, o que se vê, se nos informamos acerca dos estudos feitos sobre a sexualidade e os relacionamentos, é que um grande número de mulheres e homens fecham a zona pélvica e não chegam a 'abrir' esta zona mesmo com si próprios, muito menos com seu parceiro sexual.

Esta é talvez a causa mais óbvia da frigidez, disfunção eréctil, incapacidade de atingir orgasmo, e até a ejaculação precoce. Essas condições por sua vez resultam em tensão, frustração, e fingimento por medo que a outra pessoa suspeite que há uma falta de confiança, atração, ou amor, ou que haja qualquer tipo de impotência ou insuficiência de 'virilidade' – ou seja, receio de ser visto como sendo menos 'viril' ou menos sensual, menos 'homem', ou menos 'mulher'.

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