"A massagem tântrica, pode se configurar como uma possibilidade qualitativa e prazerosa de vivência da sexualidade, em todas as idades, inclusiva na terceira idade. É uma forma de dar e sentir prazer, pode ser uma preliminar e tanto, capaz de nos ajudar a qualificar e ampliar o prazer, antes do ato sexual em si.
É maneira de superarmos o reducionismo do ato sexual focado nas genitálias, esse sexo performático propagado nas sociedades ocidentais, pois nos oferece possibilidades supremas de prazer através do corpo em sua totalidade (tato, olfato, visão, paladar, audição).
A sexualidade torna-se relação intensa e profunda, de fusão do corpo e da alma (um dissolvendo-se no outro, completando-se, uma ligação profunda de sentidos, sensações e sentimentos), onde a relação sexual não significa apenas alívio, mas revigoramento. Quando se faz amor sem pressa, sem agressividade, sem luta, mas em completude, o prazer torna-se duradouro e intenso, mais profundo, provocando reações químicas indescritíveis e surpreendentes, descobertas, através da troca de energias físicas e espirituais que fluem nesse momento de plenitude.
Assim, o sexo que para muitos, configura-se tão somente em um prazer homérico momentâneo, apenas antes ou durante a relação, passa a ser um prazer que se estende para a vida e se transforma em bem-estar, após da relação sexual.
A massagem tântrica é um contributo à humanização das relações afetiva-sexuais. Lamentável, que em pleno século XXI a sexualidade tem sido vivida de maneira tão banal, meramente pornográfica, virtualizada e nada erótica. Já dizia Platão "erótica é alma". Em tempos de banalidades e prazeres mecânicos e consumistas, estamos precisamos disto. Vivemos numa sociedade de uma sexualidade extremista, genitalista e mercantil, onde a maioria das pessoas ou ainda são reprimidas, ou vivem uma sexualidade exacerbada."
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