Sexo é bom e quem gosta sempre quer praticá-lo. Mas não é sempre que estamos no clima para isso, não é mesmo? Porém, muitas vezes, a redução da libido ocorre por outros fatores além da vontade em si.
"Pílulas antiandrogenicas que reduzem a testosterona; problemas como depressão, ansiedade e estresse; crises na família; histórico de depressão; tireoide desregulada; menopausa; após a gravidez; e disfunção hormonal... Tudo pode afetar o desejo sexual", enumera o ginecologista e terapeuta sexual Amaury Mendes Jr., professor e médico do ambulatório de sexologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
"Pílulas antiandrogenicas que reduzem a testosterona; problemas como depressão, ansiedade e estresse; crises na família; histórico de depressão; tireoide desregulada; menopausa; após a gravidez; e disfunção hormonal... Tudo pode afetar o desejo sexual", enumera o ginecologista e terapeuta sexual Amaury Mendes Jr., professor e médico do ambulatório de sexologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para alguns dos casos acima existem tratamentos específicos que podem compensar esse desequilíbrio hormonal, basta procurar seu ginecologista. Mas se você sente que não anda tão afim e quer dar uma turbinada na sua libido, que tal experimentar algumas das dicas a seguir para entrar no clima do sexo?
Questione-se e não se obrigue
Antes de tudo vale se perguntar: por que eu não ando com vontade de fazer sexo? As respostas podem ser variadas e até mesmo incluir alguma insatisfação pessoal com o relacionamento. "O primeiro quesito para se ter uma relação sexual de qualidade é um parceiro interessante e interessado. A relação é como um negócio, mas extremamente subjetivo, por ser baseado no que eu acredito que o meu parceiro pensa de mim", descreve o ginecologista e terapeuta sexual Amaury Mendes Jr., professor e médico do ambulatório de sexologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Uma forma de perceber se o que falta é a química entre o casal está nas suas reações. "A paciente que não tem vontade por problemas no relacionamento não percebe as mudanças físicas das preliminares - que devem ser sensações agradáveis - e, não raramente, encontra mil desculpas para que o clima não aconteça", diferencia a ginecologista Flávia Fairbanks, especializada em sexualidade humana e membro da SOGESP. Nesses casos, vale conversar com seu parceiro, procurar uma terapia de casais ou mesmo repensar seu relacionamento.
Tente ao menos começar
Caso você tenha percebido que você sente o desejo, só não consegue lubrificar tão rapidamente, tente ao menos começar o ato com seu parceiro. "Está comprovado que não precisa querer ter a relação sexual desde o início, mas os estímulos ambientais podem e devem levá-lo à excitação", explica a ginecologista Flávia. Portanto, peça ao seu parceiro para investir bem nas preliminares, não focando apenas nas zonas erógenas comuns, como os mamilos , e vejam como seu corpo reage. Mas lembre-se, se mesmo assim você não se sentir disposto, não é obrigado a continuar! Converse com seu companheiro e decidam juntos o que fazer. "Não existe regra clara para isso, depende do casal", conclui a especialista.
Melhore desconfortos
Muitas vezes o que pode estar impedindo você de entrar no clima pode ser algum desconforto! "Qualquer problema, até mesmo uma unha encravada ou uma verruga podem atrapalhar o desempenho ", explica o ginecologista Mendes Jr. E entram nessa lista desde muito frio ou muito calor até mesmo alguma dor mais séria. Esses mesmos fatores também podem tirar clima! Por isso mesmo, vale a pena analisar o que a incomoda e tentar resolver, seja colocando uma meia nos pés gelados ou mesmo consultando seu médico sobre alguma dor, seja nas partes íntimas ou mesmo em outros lugares no corpo, como coluna, braços e pernas.
Invista em exercícios
Os exercícios hoje em dia são a solução para quase todos os problemas, inclusive quando o problema é entrar no clima! "Todas as atividades que se proponham a manter uma vida mais saudável ajudam na sexualidade, tanto por deixarem a sensação de bem-estar (pela liberação de endorfinas) quanto pela melhora circulatória e da autoimagem corporal", enumera Flávia Fairbanks. Então, vamos destrinchar os benefícios por partes! Ao haver uma melhora na circulação, o sangue flui melhor até mesmo pelos tecidos dos órgãos genitais, tornando-os mais sensíveis ao toque, e portanto trazendo mais prazer. Já os hormônios do bem-estar, como as endorfinas, ajudama a relaxar, facilitando a entrada no clima. Nesses quesitos, qualquer atividade aeróbica vale a pena!
Ao praticar regularmente atividades, o corpo sente melhoras como perda da flacidez e de algumas gordurinhas indesejadas, o que faz com que se sinta mais bonito, e reduza alguns dos desconfortos citados no anterior! "Aqui entra toda a parte emocional, de saber que está empenhado e fazendo algo por si mesmo", comenta Mendes Jr.
Se conheça melhor
E acredite, existem diversas formas de se conhecer melhor! A primeira delas, porém, é considerada um tabu por muitas mulheres: a masturbação. "O garoto sempre é orientado a isso desde cedo e a menina, pelo contrário, é inibida a fazer isso, o que torna tudo mais complicado", considera Mendes Jr. Ao se masturbar, a mulher começa a perceber que pontos e toques a agradam mais, e podem ensinar isso ao parceiro, facilitando assim o prazer a dois. Mas o mesmo vale para as carícias do seu parceiro, perceber o que você gosta ou não que ele faça e ver o que lhe estimula. "O autoconhecimento é fundamental para que se possa entender e explicar ao parceiro pontos mais sensíveis e eventuais zonas que trazem sensações desagradáveis, logo que devem ser evitadas", explica a ginecologista Flávia. Ela exemplifica: muitas mulheres gostam da sensação da língua na orelha, por exemplo, e outras detestam, portanto, vale avisar seu companheiro!
Use o poder da imaginação
Saber do que se gosta é o primeiro passo para imaginar situações prazerosas, e pode ter certeza que se os estímulos físicos são um dos fatores da equação do prazer, a fantasia é outro e que precisa estar elevado ao quadrado! "Imaginar antes como será a relação sexual e até planejá-la é muito bom e altamente recomendado, fazendo, inclusive, parte ativa das terapias sexuais", assinala Flávia.
Dessa forma, é até possível criar novas situações para seu parceiro e apimentar a relação. "Quebrar a rotina é bom, e tudo que você investe na relação é interessante para o casal", acredita Mendes Jr. Porém, ele alerta para o perigo de pensar em tudo sozinha: "A fantasia tem que ser compartilhada, uma conversa entre os dois". Mas quem disse que compartilhar as ideias com o parceiro é ruim? Veja o próximo slide!
Converse com seu parceiro
Se um é pouco, dois é bom! E bota bom nisso... Por isso, planejar o sexo a dois pode ajudar e muito a apimentar a relação. "É interessante que um instigue o outro, entregue novidades para não cair na monotonia. Isso faz com que eles tenham percepção de que é algo que os dois desejam", considera Mendes Jr. Isso pode inclusive aproximar você mais do seu parceiro.
Portanto, já ouviu falar no dirty talk, arte de excitar o parceiro primeiro com palavras? Vale descrever o que você pretende fazer com ele, ou o que gostaria que ele fizesse com você. E não é porque é se chama dirty (sujo, em inglês) que precisa necessariamente ter palavrões, não se preocupe. A prática é inclusive gabaritada por pesquisadores: um estudo publicado no Journal of Social and Personal Relationships em 2012 mostra que pessoas que falam sobre sexo têm uma vida sexual melhor. Porém, a ginecologista Flávia aponta uma ressalva: "Todas essas armas são potentes auxiliares na prática erótica do casal e funcionam bem, mas requerem um bom entrosamento entre ambos".
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