quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Massagem Tântrica


O Tantra diz respeito à energia e à sua percepção. A massagem tântrica é um convite para percepções mais intensas e profundas. A nossa pele é o maior órgão de percepção de nosso corpo e através dela, podemos acessar um universo muito amplo e mágico de sensações.

Estas sensações não necessariamente tem um sentido erótico, ou sensual, pois o erotismo é apenas uma das qualidades desta energia. Nossos Chakras percebem a energia de diversas maneiras e qualidades. Eventuais bloqueios nestes centros impedem ou dificultam certas sensações.

Na massagem tântrica, nos abrimos para a percepção de nós mesmos, de nossos medos, controles, culpas, e aprendemos também a dissolver estes bloqueios levando-nos a uma vida mais plena.

O objetivo da massagem tântrica, não é gerar uma sensação de prazer momentâneo no momento em que a recebe, muito mais do que isso, é o de gerar um despertar dos sentidos que permanecem assim despertos muito além do tempo da sessão, trazendo uma maior percepção para o cotidiano, entrando em sintonia com um processo mais amplo de existência.

Esta massagem é feita com o mínimo de roupas possível, idealmente sem nenhuma roupa, pois qualquer tecido cria contenção energética em algum ponto ou em algum nível. Consciente ou inconscientemente criamos “regiões proibidas” e com isso bloqueamos a ação ou entrada de energia nestes centros. Abrir-se é um primeiro passo para grandes transformações.



Sexo é a própria vida. Por um “acaso” nascemos dele, não é mesmo?


Toda a natureza é sexual. Observem as polaridades, o sol e a lua, o claro e o escuro, o dia e a noite, o elétron e o próton, e tudo ..absolutamente tudo é sexual.

A Lâmpada de sua casa acende de forma sexual também. É apenas energia. Tudo é natural quando observamos as coisas fora de nós e em especial, as coisas não humanas. Porém quando pensamos em termos humanos, sentimos um nó no raciocínio e passamos de um momento a outro a ver isso tudo de uma forma não natural. Porque?

Durante séculos a sociedade, forçada por forças religiosas antagonizou a existência humana, divinizando o invisível e demonizando o material.

Assim herdamos de séculos que nos precederam um padrão dissociativo de espiritualidade e sexo.

O tantra nos ensina a aceitação de quem somos como um todo; da sutileza do espírito à densidade da matéria. O tantra nos diz que agraves da sensibilização deste nosso corpo, que é nosso templo, pode a divisão entre corpo, mente e espírito (divisão esta que nos foi infundido por séculos de pressão religiosa) ser dissolvida e experimentarmos uma unidade primordial, curando a fragmentação de nosso ser.

Assim, deste modo, no conceito tântrico, energia é energia. Podemos atribuir qualidades à esta energia. Medo, amor, compaixão, tristeza, alegria, tesão, culpa são aspectos ou qualidades desta energia. Cada um de nós atribui uma qualidade à esta energia de acordo com as nossas crenças ou de acordo com os bloqueios existentes em nossos chakras ou centro de força em nosso corpo.

A grande maioria da humanidade esta com problemas de chakra básico - muladhara (subsistência e medo) e faz as energias ficarem aprisionadas neste centro, ou mesmo no chakra umbilical (prazer e culpa). As sensações e os sentimentos associam-se com os Chakras desta maneira.

O caminho tântrico esta na aceitação destes processos, destas energias, enfim de quem somos. Estes pequenos egos dissolvem-se quando a luz da consciência incide sobre eles. É o significado profundo da flor de lótus que emerge do pântano quando o sol tangencia o lodaçal.

Assim, o tantra ensina-nos e visitar todos os cômodos de nosso templo humano, de ir a cada dia um pouco mais longe, ampliando os limites de nossa existência.
Estes limites não são externos. Não se trata de pular de precipícios, de asa delta ou escalar montanhas vertiginosas, pois isso tudo não é nada além do que um paliativo para um vazio existencial colocando em risco o templo que temos para cuidar que é nosso corpo. A aventura verdadeira é mais profunda e mais perigosa.

Buda dizia: É mais fácil um homem vencer a um exército de 1000 homens do que vender a si mesmo.

O caminho é para dentro, reconhecendo os desfiladeiros internos, os precipícios existenciais, os pântanos de nossa consciência. E o risco, não é o de irresponsavelmente perder o templo que tão custosamente a natureza operou para nos dar e sim ganhar a iluminação, a transcendência, que é o que todos de um modo ou outro buscamos.

O tantra proporciona uma profunda busca interior.

E o que é o sexo em tudo isso.

Sexo é percepção, energia primordial geradora de tudo o que existe.
Se você vive o sexo profundamente, você perceberá que encontrou a si mesmo.

O que seria das religiões se as pessoas entendessem isso tudo? Os templos fechariam, os dízimos acabariam, a manipulação e o poder não mais poderiam controlar as massas. Logo trataram de associar o sexo com uma imagem rabuda e com chifres, pois sabiam que através desta energia ou este conhecimento o homem podia ser livre, e um homem livre não é interessante para a sociedade, alias, é muito perigoso.

E o resultado é que somos oriundos de séculos de crenças fundamentadas em fragmentação existencial, com a idéia de que temos um corpo separado do divino.

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