sexta-feira, 17 de abril de 2015

O toque, a polaridade e a abrangência do ser


O amor não deve ter uma finalidade.
O amor deve ser uma finalidade em si mesmo.
Não viva para amar, “ame para viver”. O amor liberta, realiza, alimenta e dá vida, pode variar na forma, mas deve vir da alma, espontâneo e pleno, sem condicionamento, limitação, apego, regra, direito ou dever que o sufoque, sem julgar, cobrar, pedir razão ou explicação. Não ame “porque”, “para”, “apesar de”, ame simplesmente. Amar não satisfaz vontades, não motiva nem justifica, não submete e não escraviza. O amor complementa.

O amor físico, espiritual, paternal ou anônimo é um caminho para a reconexão com o Divino.
Lealdade, generosidade, desapego e sinceridade não requerem exigências nem promessas. Sacrificar o próprio conforto para agasalhar alguém é amor, mas se orgulhar, esperar reconhecimento ou recompensa é hipocrisia.

.Amar não é ter, possuir ou desfrutar reciprocidade, é abraçar efusivamente ou se afastar para não ser ferido, sem deixar de amar. Amor não é relação, é mais do que isso, é união espiritual íntima, é a conquista de nós mesmos; se crescemos interiormente conquistamos o amor de outras pessoas. 

O amor afasta a ira, o medo e a desconfiança. O amor diviniza, potencializa e engrandece. Ame, irradie a energia transformadora e o mundo sorrirá.

Saúde, longevidade, fama, fortuna e felicidade são atributos de quem ama. Maldizer a sorte, buscar vantagem traz fracasso, morte prematura, solidão e doença. “Quem ama bem faz tudo bem” dizia Ruth Escobar; quem se permite e sabe amar vive mais, é saudável, produtivo, próspero e feliz.

O oposto do amor não é o ódio, é o medo. Amar e temer são opostos diametrais. Não se pode amar ao que se teme nem temer ao que se ama. Deus ama, não castiga. As leis do Universo devem ser respeitadas, a transgressão consciente ou inconsciente traz consequências. Em nosso livre arbítrio castigamos a nós mesmos ou usufruímos da relação entre todas as coisas. “Nada acontece por acaso” não significa que há milagres por trás dos fatos, mas que “tudo o que se faz tem conseqüências e o que não se faz também tem”. Amor é energia primordial, união que recria o universo. Amar, simplesmente, é viver plenamente.

Essa é a mais eficiente energia de cura, está implícita em todas as terapias e começa a operar muito antes do primeiro contato com o cliente.

Só quem tem pode dar. É indispensável que o terapeuta cultive, em si mesmo, a capacidade de dar receber amor antes de compartilhar. Ame ao próximo como a si mesmo, implica em amar primeiro a si mesmo, preservar a saúde, fazer exercícios, se alimentar de forma adequada, preservar energia, paz interior e bem estar. Seja exemplo e modelo de quem você quer ajudar.

O toque é mágico, aconchegante e acolhedor. Não toque apenas o corpo do seu parceiro, toque-lhe a alma com o seu olhar, transmita confiança. O toque prazeroso conforta, faz o corpo liberar substâncias calmantes e regeneradoras, lembre-se disso, faça manobras gentis, proporcione acolhimento, satisfação e prazer.

A polaridade é importante, homens tocando homens devem transmitir confiança e proteção, devem levar suavidade e acolhimento, todos devem agir com suavidade, gentileza e eficácia.
Faça da terapia, do ambiente e da interação com o paciente uma extensão de você.

Kan Po

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