Grande parte das vezes, focamos apenas naquilo que vemos e esquecemos de sentir, de lembrar e ouvir, não só a nossa essência, mas todo o império dos sentidos. Acreditar apenas no visível, seria acreditar num mundo muito pequeno. Vamos desfocar por momentos a nossa visão. Vamos experimentar, tirar o foco de tudo aquilo que nos é imutável e absoluto. Crenças, convicções, verdades. Pois, a única Verdade existente é aquela que comporta todas as outras. Vamos fechar os olhos. Olhar, todas as verdades com os olhos fechados e testemunhar o nosso mundo duplicar de tamanho. Duplicar para além das fronteiras das nossas certezas, que se recusam a mudar. Tudo muda! Exceto a lei implacável da mudança. Tudo é impermanente, pois só a essência do Ser permanece.
Experimentemos, abandonar momentaneamente os sentidos. Esta ilusão conveniente da percepção sensorial. Distanciarmo-nos, por um breve momento, das barreiras deste corpo físico que resguarda o nosso espírito. Percebemos então, que os únicos limites existentes são aqueles construídos pela sua mente. Tudo é permitido! Se escolhermos, as limitações impostas daquilo que achamos que é a realidade, tudo à nossa volta responderá a essa escolha. Quando, por outro lado, nos abrimos para uma outra realidade, além da que conhecemos, aí poderemos acessar a um leque de infinitas novas possibilidades. E todas elas, estão disponíveis neste exato momento.
É preciso abertura da nossa parte, para o invisível, para o ilógico e para o irracional. Somos espectadores e também, grandes atores no espetáculo da vida. Somos influenciados e também, influenciamos todas as coisas. Então, porque não adotarmos um novo modo de Ver, que seja acessível a qualquer um? Vamos acolher o inexplicável e nos entregar ao imenso desconhecido. Esse desconhecido, que afinal, já conhecemos.