QUANTO MAIS TÉCNICA, MAIS EGO. QUANTO MAIS EGO, MENOS PRAZER!
Quanto mais técnicas e regras forem impostas ao sexo, mais nossos egos atuarão. Defendo que deixemos tudo fluir. Que nos deliguemos do mundo e de tudo que aprendemos como técnica, para que a grande explosão de prazer aconteça. Quanto mais ego, menos prazeroso será o sexo.
O sexo contextualizado com o Tantra caracteriza-se por um Não Fazer. Fazer nos torna grandes fazedores. Fazer é trabalho, traz obrigações. Em vez disso, simplesmente, viva o sexo sem querer determinar o próximo passo. O próximo passo deve acontecer naturalmente, fluindo apenas.
Osho disse que a maior excitação sexual de todas não é uma busca por excitações, mas sim, um esperar silencioso, completamente relaxado, completamente sem a presença da mente, vez que essa monopoliza grande parte das nossas energias. Existe a presença da consciência e pernecenos conscientes de que estamos conscientes. Nos tornamos consciência. Nos sentimos contentes, mas não há conteúdo nessa sensação. Então, naturalmente, expontanemente, surge uma grande beleza e tudo se transforma em uma grande benção.
Se você deseja contextualizar o seu sexo com o Tantra, tenha em mente que o verdadeiro Tantra não é técnica, mas amor. Não é orientado pela cabeça, mas um relaxamento no coração. É o que diz o Mestre.
Sei muito bem que transformar a forma de pensar das pessoas sobre sexo e sexualidade é uma missão nada fácil. Já ouvi muitas vezes que meus textos trazem uma ideia de facilidade que não é real. Bem, em nenhum momento falei que transformações são fáceis. Contudo, também não são difíceis, muito menos impossíveis.
Eu acredito que podemos sim nos elevar pelo sexo, pelo prazer, tornando tudo uma benção. Eu acredito no sexo vivido.
Por Marcelo Freitas
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