"É, eu sei. Esse não foi o final planejado por nós. O nosso Final seria Feliz, uma casa no campo, você de cabelos brancos, uma cadeira de balanço, para cada um de nós. E não duvido que em uma outra vida, foi assim. Mas nessa, o fim chegou mais cedo. Lutamos, perdoamos, suportamos e fomos além do protocolo dos amores atuais. Não desistimos na primeira briga, nem na centésima, passamos por mais invernos do que cem anos permitem. E eu? Nunca esquecerei das nossas primaveras, da cor dos seus olhos, do primeiro e do último dia em que te chamei de amor. Mas chegou a hora de nos despedir. Não tem outra pessoa, fomos nós que nos tornamos outras pessoas, e nesse universo, sem perceber traçamos destinos diferentes, e dói ver a gente assim, cada dia mais distante. E entre a dor de te perder e a dor de te deixar partir, eu escolha a última. Nem um segundo desse nosso universo em dias contados foi em vão, nem um minuto perdido, e todos as minhas horas foram suas, e confesso, por um tempo algumas ainda serão. Mas é preciso ser forte, mais forte até que o nosso amor, para poder encerrá-lo sem quebrá-lo. Para colocar um ponto final com lagrimas nos olhos, coração partido e a consciência em Paz. O Fim de nós dois, pode ser o recomeço para cada um de nós."
Uma crônica de Marcos Bulhões
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