“‘Devo estar ficando louco.’ Esse foi meu primeiro pensamento quando me pus a caminho da primeira sessão de massagem tântrica. Nunca havia passado pela minha cabeça fazer uma terapia que envolvesse meu corpo e minha vida sexual, mas resolvi experimentar, por acreditar que é preciso aproveitar as experiências que a vida proporciona. Me tremia de ansiedade. ‘Vou fazer isso mesmo?’, pensei. Já estava ali, não ia voltar atrás. A iminência de ficar nu na frente de um terapeuta que tinha conhecido havia poucos minutos deixou minha mente agitada.
Começou mais rápido do que eu esperava. Comecei a sentir suas mãos tocarem suavemente todo o meu corpo, provocando arrepios e tremores inexplicáveis. O meu medo foi embora e deu lugar a uma sensação de transe, como se eu não estivesse mais em uma sala de massagem tântrica, mas em um lugar só meu. Como eu disse, é inexplicável. Senti, então, um líquido frio ser derramado sobre minha barriga e uma mão começar o que, para mim, pareceu uma massagem real. Os movimentos eram fortes e estratégicos, indo e vindo nas zonas mais erógenas do meu corpo, de acordo com a minha resposta aos toques. Os tremores agora eram constantes e mais intensos. Passei o dia pensando no tal ‘autoconhecimento’ que ele me disse, sobre saber do que seu corpo é capaz, e cheguei à conclusão de que todo mundo, um dia, poderia fazer uma massagem tântrica, para se despir dos preconceitos e aprender um pouco mais sobre si mesmo.”
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