O reconhecimento da importância e do poder do orgasmo não é uma exclusividade das terapias tântricas. Já no início do século XX, o médico e psicanalista Wilhelm Reich dedicou grande parte de sua vida nos estudos do tema.
Reich foi colaborador de Freud e rompeu com ele para conduzir sua própria produção científica relacionada ao poder do orgasmo. Em toda sua obra, especialmente a partir do livro “A Função do Orgasmo”, Reich estabelece uma correlação entre a potência orgástica e a capacidade do indivíduo de se entregar e conectar amorosamente.
Ainda que as pessoas atinjam o orgasmo, uma intensidade baixa ou moderada de descarga energética e de prazer pode indicar algum nível de disfunção sexual.
As práticas tântricas proporcionam aos praticantes uma redescoberta corporal. Desenvolve-se uma capacidade sensorial a níveis mais altos, no corpo inteiro, como um grande órgão sensorial, capaz de ser estimulado a sentir prazer.
Os orgasmos vivenciados a partir do Tantra tornam-se plenos ou expandidos. Isto significa, primeiro, que não são limitados a estimulações única e simplesmente genitais. Segundo, que não se colocam limites na duração ou na quantidade de orgasmos, a partir do instante em que ressignificamos o próprio orgasmo.
Quando o orgasmo não é mais o único e maior objetivo em uma relação sexual, deixamos de relacioná-lo com o final da mesma.
Ou seja: as relações tornam-se mais prolongadas, prazerosas, sem foco exclusivo nos genitais. Tornam-se mais íntimas, completas, complexas, plenas, para homem. Soltar o freio para atingir orgasmos expandidos é uma conquista para a vida íntima e afetiva que todos são capazes de alcançar, e o Tantra é um grande caminho para isso.
Texto: Daksha
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