sexta-feira, 31 de março de 2017



"Preso ao conceito clássico e autoritário de que o amor é uma relação de troca complementar, ou seja, sistema de vasos comunicantes, eu deveria amar mais a pessoa que suprisse minhas carências pessoais em todos os planos, ficando, assim, atada indissoluvelmente a ideia de atração, amor e complementação à de gratidão e dependência.
A ideia de que amar podia ser coisa completamente diferente deixou-me tão perplexo e apavorado porque, dentro do código de ética e de normalidade que regula a forma clássica de amar, qualquer violação dos limites de cada uma dessas maneiras adjetivadas de amar é punida com classificação de tipo pejorativa, marginalizante e alienante, podendo até ser caracterizadas como perversões patológicas ou transgressões criminosas."

 Roberto Freire

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