O maithuna - ato sexual ritualizado é o processo final, onde se é necessário uma preparação anterior muito séria e competente através do Yoga Tântrico ou outras práticas Tântricas - Tantra Sadhána.
O maithuna é considerado como o auspício maior de todas as cerimônias tântricas, é a mais poderosa e secreta técnica mística de todos os tempos. É o Maha Mudrá (grande gesto) onde homem-Shiva se tornam um.
Muitos no Ocidente consideram o Maithuna como simples magia sexual, onde se busca o aperfeiçoamento sexual e erótico entre as pessoas, não compreendem, ainda, a magia ritualística contida no mesmo. Como exemplo podemos definir que quem não observa o que está por de trás das imagens, vê até o batismo cristão, tão somente, como um banho de água na criança, o que é lamentável. Sabemos da inverdade disso, pois para melhorar a conduta sexual temos outros caminhos descritos em manuais orientais, sobre como fazer amor, conhecidas como Ananda Ranga, Vatsyayana e o manual muçulmano de posições sexuais chamados de Kama Sutra. O que podemos afirmar com ênfase é que não se deve confundir esses manuais sexuais com o Maithuna.
Maithuna é uma técnica muito especial, que permite elevar nossa sensibilidade a tal potência que é impossível descrevê-la. O tântrico observador da natureza íntima contida em tudo no universo, procura na união dos pólos à unidade maior, sem se ocupar em confusões de abordagem ética e moral. O tântrico é um libertário. Busca a transcendência do eu através da força máxima do universo que está contida nos mistérios sexuais e esses mistérios estão contidos dentro e fora do homem. São os impulsos magnéticos, a atração magnética, o amor e a atração entre os opostos. São o animus e a anima em busca da perfeição.
Durante a prática (shadaná) o homem assume o papel de Shiva e realiza o maha yantra (grande símbolo) que os une em Purusha (consciência cósmica). A prática eleva a grande mãe kundalini pelo canal Sushuma e ilumina a consciência tocando os centros superiores.
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