Para o psicanalista austríaco Wilhelm Reich, além de proporcionar prazer, a função do orgasmo é produzir uma carga energética poderosa capaz de dissolver a “couraça neuromuscular do caráter” de indivíduos bloqueados pelas exigências de uma sociedade hierarquizada em que a sexualidade é oprimida. O orgasmo pode apresentar características muito importantes para a saúde das pessoas se for utilizado de forma livre. O orgasmo é um dos melhores e mais eficientes tratamentos reguladores das disfunções hormonais. É um recurso natural disponível para todos. Conforme estudo publicado pela Universidade de Michigan, o orgasmo aumenta os níveis de estrogênio e libera ocitocina, reduzindo o cortisol, o principal hormônio do estresse elevado crônico, quadro muito comum entre as pessoas hoje em dia. Além da redução dos níveis de cortisol no sangue, os níveis de ocitocina aumentam em 5 vezes após uma forte experiência orgástica. Níveis mais altos de ocitocina fazem a pessoa se sentir mais feliz, enquanto baixos níveis de ocitocina estão relacionados à depressão e a níveis mais baixos de hormônio tireoidiano. A ocitocina também estreita a vinculação afetiva entre parceires. Ou seja: o orgasmo ajuda o cortisol, o estrogênio e a tireóide – a permanecerem em equilíbrio. Além do mais, reduz a dor pela metade, sem alterar a sensibilidade, aumenta a fertilidade. A ocitocina pode aumentar a densidade óssea, evitando doenças ósseas como a osteoporose. Qualquer pessoa que deseje manter-se em perfeito equilíbrio funcional necessita de doses intensas de orgasmos. A falta do orgasmo ou orgasmos insatisfatórios causam desequilíbrios no corpo físico, na mente, nas emoções e na dimensão do Ser.
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