domingo, 26 de julho de 2015



Do Tantra...

"...Montei no corpo sagrado e sentei-me no espaço escuro deixado pelas dobras das suas pernas. Logo, ao primeiro contato, percebi que sua pele estava em fogo. O calor era insuportável. Mas eu sabia que não me cabia questionar. Assumi a costumeira postura de lótus (...) os minutos se passaram , talvez horas. Quem se importava? Uma corrente de prazer percorreu os 84.000 nadis dos quais ela sempre falara. Experimentei na base da espinha uma sensação meio comichante que a percorreu em toda a sua extensão. Fechei os olhos.


A bhairavi disse-lhe que ele era a chama viva, o tempo eterno, o brahman, ao passo que ela era um cadáver, atado ao tempo, ao céu e ao lótus, A seguir ela pediu-lhe para recitar versículos em sânscrito, e logo ele perdeu toda a noção da presença dela e até mesmo do seu próprio ser. Uma coisa estava acontecendo com o montículo do meu pênis. Uma vibração arrebatadora, um latejar quente e profundo martelando a cada pulsação. Quanto mais aquilo vinha em ondas, mais eu projetava a base da espinha (...) uma estranha sensação de inteireza, realização e êxtase estabeleceu meus nervos..."

(Batacharya)

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